terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais algumas considerações sobre o Primeiro de Maio

Gente... Eu li agorinha o último post do Flavio Gomes, colunista e blogueiro do site Grande Prêmio. No final do post, deixo o link para que consultem depois. Sabem... É interessante quando chegam datas como o aniversário do Senna, dia 21 de Março, o próprio Primeiro de Maio, ou algum lembrete de tantos anos que fazem de algum título ou da primeira vitória do brasileiro, em Portugal/1985. Há sempre um grande falatório. No Brasil, falar - bem - do Ayrton Senna faz de você um cara supimpa. Há o que falar bem - e muito bem - do brasileiro, mas também há o que falar mal. Pouca coisa, mas há.

Mas quem disse que aqui no Brasil você pode falar mal do tricampeão? Não, não pode. A imagem mítica dele aqui no Brasil é uma coisa inacreditável. Até para quem não conhece o mundo das corridas tão a fundo, falar do Senna é como falar de um paladino incansável e que nunca desiste das coisas, e blablablá. Viuvice. E querem saber de algo? Apesar de ser um fã do Senna, sei que ele fez muitas cagadas não só dentro como também fora das pistas de corrida.

Algumas confusões eu conheço, li biografias a esse respeito. E consegui ainda mais bagagem de informações após ler a obra Ayrton Senna e a Mídia Esportiva, do jornalista Rodrigo França, que tem, entre outros objetivos, desvendar o que há por trás da imagem de mito do ex-piloto.

Querem um exemplo, tirado do livro do Ernesto Rodrigues, o qual este que vos escreve já citou tantas e tantas vezes aqui? Pois aí vai. No GP de Mônaco de 1985, após cravar a pole-position, Senna foi ordenado por Peter Warr para ir à pista com pneus bem gastos e ficar obstruindo os outros pilotos, para que não conseguissem completar voltas rápidas. Gerou reclamações, por exemplo, do Niki Lauda, a quem Ayrton passou o resto do dia pedindo desculpas inúteis : "Ele me segurou e depois veio pedir desculpas. Assim é fácil fazer a pole position.”

Onde está o santo do pau ôco agora? Admitam, viúvas. A imagem do Senna pode ser de um mito, mas era apenas um piloto de corrida de carros. Um dos melhores. Mas era ser humano, acima de tudo. E seres humanos possuem qualidades e defeitos.

Essa postagem não é uma censura àqueles que tem Senna por ídolo. É apenas uma crítica aos que acham que tricampão era infalível e transparente tal qual o cristal. Não se irritem se alguém chegar e falar algo de ruim do Ayrton. As cagadas fazem parte da vida. Lidem com isso.

Post do Flavio Gomes -> AQUI

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