terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sobre egos frágeis, sede de poder e bodes expiatórios

Muito se falou a respeito de uma eventual introdução do terceiro carro nas equipes sólidas da Fórmula 1. Alguns gostam da ideia porque acham que a Fórmula 1 precisa de mudanças drásticas urgentes. 

Outros acham que a desportividade estaria ameaçada com isso e levantaram questionamentos sobre a sustentabilidade das equipes garagistas ante um poderio acentuado das montadoras, bem como uma eventual monopolização dos podiums por alguma equipe que eventualmente tenha os melhores carros da grelha.

Mas não é comum pensarmos sobre as reais causas do levantamento desta hipótese.


A verdade é que não falta dinheiro aos cartolas. Não faltaria dinheiro caso eventualmente Bernie Ecclestone e a FIA subsidiassem metade do grid atual. Não seria sequer necessário o tal terceiro carro.

A questão é: Todos os lados querem um pedaço grande no bolo do poder executivo da Fórmula 1. Na conjuntura atual, as equipes nanicas, sobretudo a Caterham, e algumas médias, principalmente a Sauber, estão com sérias dificuldades financeiras e inexoravelmente representam uma incógnita no grid da temporada 2015 do certame.

Por um lado, Ecclestone não quer perder o controle sobre os direitos comerciais da categoria para a FIA. E ele  o perderá, se o grid ficar com menos de 20 carros no ano que vem, mediante um acordo de 100 anos assinado entre ele e a entidade. 

Por outro, as equipes, mesmo as grandes (como já admitiu Eric Boullier) teriam dificuldades para manter a logística de uma equipe com 3 carros.

E como ficam as tais equipes que estão na bancarrota? Porque por elas ninguém olha, e ninguém quer olhar.

Porque ninguém quer arcar com os prejuízos. Os delas e os que elas causam.

Olhem pelos fracos e oprimidos!