sábado, 19 de março de 2016

Sobre uma política que segrega

Preocupa-me essa animosidade política.

As consequências a nível político? Isso todo mundo já discute a rodo, então é ponto batido.

Acho mais preocupante a perda no aspecto humano da coisa.

Eu me esforço muito pra não me perder em meio às defesas dos meus pontos de vista ou na propagação das ideologias que eu defendo. Quem me conhece, sabe disso.

Porque eu não quero me perder de quem eu sou.

Mas tem uns e outros que se tornam uns tremendos babacas quando estão falando de política.

OK, num cenário político propício para ânimos acalorados como estão os nossos, é natural que, vira e mexe, ocorram hostilidades. São várias ideias diferentes sendo defendidas e, portanto, em constante conflito.

Mas é preocupante que as pessoas levem isso de forma exaustiva para o lado pessoal.

Não estou me referindo a ninguém em específico, mas acho que. de um modo geral, as pessoas não estão se esforçando nenhum pouco para não serem agressivas ou até intransigentes.

Poxa, gente. 

E os laços de amizade ou até amorosos que temos com aqueles que gostamos e amamos?

Vale a pena jogar essas coisas tão valiosas no lixo porque "ele é coxinha" ou "ele é petralha"?

Vale abdicar de quem nós somos? 

Das palavras que nós dissemos? Paz, felicidade e amor?

Sabe, não defendo que as hostilidades naturais na política cessem, não.

Defendo que a gente seja mais razoável.

Eu mesmo continuo buscando me policiar. 

A esquerda, a direita, o feminismo, o negrismo*, o gordoísmo*, ou o que quer que seja, não podem roubar de vocês aquilo que vocês são e tampouco a afeição pelos seus amigos.

Porque, se é verdade que essas coisas podem nos separar, também existem coisas que podem nos unir.

E não são poucas.

Se tiverem esquecido dessas coisas, busquem refletir a fim de lembrar. 

E voltemos a cultivar, de maneira producente, os laços com nossos amigos pelas coisas que nos unem.

Beijo na bunda e até segunda.

* NOMES MERAMENTE ILUSTRATIVOS PELO AMOR DE DEUS

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