segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Sobre V8, V6, Mercedes e pragmatismos

Por mim, podia cair fora mesmo
Confusão na Fórmula 1. E das grandes.

Algumas equipes da categoria pretendem voltar aos motores V8 aspirados num futuro não muito distante. 

Eu acho a ideia excelente.

São mais baratos, ou seja, seria um retorno ao caminho da redução dos custos. As atuais "unidades de potência" tem custo de produção altíssimo: em torno de 15 a 30 milhões de dólares. A unidade!


Além disso, os V8 são incrivelmente barulhentos, e isso agradaria a quem? Isso mesmo, aos fãs. Os que vão aos autódromos para viver a experiência de assistir de perto aqueles carros correndo. E o som estridente dos propulsores nas retas é hipnótico.

Seria a medida mais sensata. 

Mas não vivemos num mundo pautado pela sensatez.


Uma das equipes quer que a F1 continue como está. Isso mesmo, a Mercedes.

A equipe alemã, como toda e qualquer empresa corporativa faria, defende seus espólios. Nas circunstâncias atuais, tem o melhor carro do grid. Se nada mudar, seu reinado tende a se estender por muito tempo.

Vitórias? Poles? Títulos? Tudo em prol dos imensos lucros. Competitividade pra que?Do jeito que tá, tá bom pra gente. E que se dane o esporte. 

Niki Lauda já deu o recado: "se os V8 voltarem, a Mercedes vai embora!"

Por mim, a Mercedes podia ir embora mesmo. Não faria falta alguma essa chantagem, que, aliás, é uma marca registrada do time alemão. 

Lembram que, em 2013, eles fizeram testes privados em Barcelona? Fizeram rigorosamente a mesma ameaça. A FIA acabou apenas lhe proibindo de participar de testes coletivos para melhoria dos pneus naquele ano.

É o automobilismo para fins de mercado empregado em uma categoria refém das fábricas.

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