sexta-feira, 13 de julho de 2012

A História da equipe Williams - Anos 90 - Por Joab Gomes Fernandes

Williams anos 90s.

 Os anos 90 a Williams alterna excelentes temporadas com campeonatos mais apagados. Títulos, vitórias e um período conturbado em Grove.

Vitória de Boutsen na Hungria


1990- Desde 89 a Williams contava com o apoio da francesa Renault, quando tinha conseguido o segundo lugar nos construtores. A dupla de 89 foi mantida: Permaneceram o belga Thierry Boutsen e o italiano Riccardo Patrese.  Mas agora, Benetton e Ferrari cresceram e acabaram tomando o posto  da equipe inglesa.

Com apenas duas vitórias, Patrese em San Marino e Boutsen na Hungria, e 4 pódios, o  FW13B somou 57 pontos e terminou o campeonato de construtores em 4º lugar, 14 atrás da Benetton-Ford, 53 atrás da Ferrari e 64 atrás da campeã McLaren-Honda. No campeonato de pilotos, Boutsen e Patrese foram 6º e 7º respectivamente,  com 34 e 23 pontos, longe do campeão Ayrton Senna e do vice Alain Prost, após um fim de campeonato controverso.



1991: Pra 1991, a Williams alterou seu time de pilotos.  Saiu Thrierry Boutsen e Nigel Mansell, que vivia um momento difícil em sua carreira, retornou.  Houve um salto em relação à temporada anterior. O Williams-Renault FW14 ficou em segundo lugar no campeonato de construtores. Nessa temporada, Williams e McLaren dividiram praticamente todas as vitórias do ano, sendo a Benetton-Ford a única a se colocar entre as equipes inglesas, com Nelson Piquet no GP do Canadá, que viria a ser a última vitória em sua carreira de tricampeão, após Nigel Mansell nas últimas voltar baixar tanto o giro do motor a ponto desde “morrer”.

 Na temporada, a Williams venceu 7 GP’s, sendo 5 vitórias do leão Nigel Mansell ( França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha) e duas de Riccardo Patrese (Portugal e México). No campeonato de pilotos, Mansell ficou em segundo com 72 pontos, disputando o título com Senna até o GP do Japão, e Patrese ficou com 53 em terceiro. Em 1991, o carro evoluiu muito em relação a 1990, mas o FW 14 seria apenas uma prévia do que a equipe aprontou para o próximo ano, com o seu irmão FW 14B.



A se destacar o momento acima: Após Mansell vencer o GP da Inglaterra, deu carona a Ayrton Senna, que se arrastou para chegar em quarto após uma pane-seca.

1992: Certa vez, alguém disse: "A Williams desse ano é um carro à prova de Mansell".

Mansell com as bandeiras do Reino Unido e do Brasil na vitória do GP brasileiro


Domínio quase que absoluto da Williams esse ano. Os equipamentos eletrônicos introduzidos fizeram com que o FW14 B fosse muito superior aos outros. A decisão no campeonato seria pra ver qual dos dois pilotos da Williams seria o campeão, o resto lutaria para ser o terceiro lugar, o que podia ser considerado uma vitória, pois o bólido da equipe de Didcot era quase imbatível. Pra se ter uma idéia, no campeonato de construtores a Williams fez 65 a mais que a segunda colocada, McLaren. A equipe do tio Frank emplacou 15 das 16 pole-positions no ano, sendo 14, isso mesmo, 14 de Mansell!

McLaren Hungaroring 92
Mansell, segundo colocado,  comemora o recém-conquistado único título mundial com o vencedor do GP magiar, Senna


Nigel foi campeão com absurdos 52 pontos a frente de Riccardo Patrese, seu companheiro de equipe. A temporada marcou também a primeira vitória do alemão Michael Schumacher, em 1 dos únicos 5 GP’s em que o vencedor não foi da Williams. No último GP do ano, Nigel Mansell correu já sabendo que não teria seu contrato renovado. Havia boatos de que desde o final de 1991, Alain Prost estaria acordado com a equipe para 1993, com uma suposta cláusula contratual imposto pelo Francês polêmica: No contrato, Prost teria exigido que seu parceiro de equipe poderia ser qualquer um, à exceção de Ayrton Senna.

Senna e Mansell em sua disputa histórica em Mônaco: Vitória sofrida do piloto da McLaren-Honda


A se destacar o momento acima: A disputa histórica entre Nigel Mansell e Ayrton Senna no GP monegasco, um dos únicos momentos em que a Williams-Renault sofreu uma derrota. Mansell, com o FW14B, vinha atrás após furar um dos pneus e perder tempo consertando os problemas nos boxes. Mas já era muito difícil passar em Mônaco, ainda mais, passar Senna. Ainda assim, o time fez 2-3, com o inglês e Riccardo Patrese.

1993: Seguindo com o costume de nunca ter renovado contrato com seus pilotos que foram campeões, Nigel Mansell foi embora, junto com Patrese. Para assumir o primeiro posto da equipe, como já se especulava desde o final de 1991, a equipe trouxe Alain Prost. Como companheiro de equipe, foi escolhido o jovem inglês Damon Hill, filho do campeão Grahan Hill (que, à época, passou 3 corridas sofrendo ao volante da natimorta Brabham, em 92) após muitas tentativas de Ayrton Senna  transferir-se pra equipe de Grove em 1993, impedido por uma cláusula no contrato de Prost (que era Ayrton não ser seu companheiro) fato que deixou o brasileiro bastante irritado.



Em 1993, o domínio da Williams continuou com o FW15C, só que dessa vez o domínio foi menos intenso. E sem brilho. Um exemplo disso foi o GP da Espanha daquele ano, relatado por Lemyr Martins em seu livro "Uma estrela chamada Senna". Lemyr citou palavras do semanário inglês Motoring News. Naquele GP, Prost largou da pole e venceu:

Prost venceu, com Senna em segundo e Schumacher em terceiro
"Prost adaptou-se à prática do mínimo esforço. Largou mal, gastou dez voltas para ter a passagem facilitada por Damon Hill e se impôs aos demais infelizes que não dispõem de um Williams-Renault. Venceu, não foi brilhante, só isso."

Prost, a la Senna, carrega a bandeira da França no GP de Portugal, após chegar em segundo e sagrar-se tetracampeão


Com vitórias em 10 dos 16 GP’s (7 de Prost e 3 de Hill), a Williams somou 168 pontos,  contra 84 da McLaren-Ford e 72 da Benetton-Ford. No campeonato, Prost terminou campeão com 99 pontos, 26 à frente de Senna e 30 na frente de seu parceiro de equipe, Damon Hill. Vale destacar nesse campeonato o GP da Europa, disputado em Donington, brilhantes atuações dos brasileiros Senna e Rubens Barrichello.

Senna passa Prost e assume a liderança para não mais a perder


Barrichello fez uma brilhante corrida, mas abandonou por problemas de motor
O tricampeão fez uma brilhante primeira volta, ultrapassando 4 carros e conquistando a liderança da prova. Já o então novato partiu de 12º e superou meio mundo de carros, terminando a primeira volta na 4ª posição. Nessa corrida seria a primeira e única vez que Senna e Barrichello subiriam ao pódio juntos. Seria, não fosse a quebra de Rubens a 4 voltas do final. Seria um momento ímpar, brilhante.



1994: Inciou-se então o período que eu digo ser o mais conturbado da história da Williams, e um dos mais conturbados da Fórmula 1. A Williams insistiu na contratação de Ayrton Senna para 1994, o que fez com que Alain Prost se aposentasse. E mais uma vez a Williams não renovou com seu piloto campeão. Portanto a dupla da Williams era agora Ayrton Senna e Damon Hill.



O começo do ano dava a impressão de que seria uma temporada arrasadora de Senna. 3 poles em 3 corridas. Mas nas duas primeiras corridas ele abandonou, e na terceira faleceu.  1994 foi uma temporada marcada por acidentes fortes, que colocariam a prova a segurança dos carros de Fórmula 1. Foi o primeiro ano de Max Mosley no comando da FIA, que logo de cara teve de lidar com duas tragédias e vários graves acidentes que o obrigaram a repensar a segurança das pistas e dos carros. Além dos acidentes de Senna e Ratzenberger, tivemos no dia anterior o acidente que quase levou Barrichelo, nos treinos de sexta. Sua Jordan levantou voo na Variante Bassa e deu uma pancada forte na proteção de pneus.



 Segundo disseram os médicos em entrevista, quando eles encontraram Barrichello, ele estava inconsciente e com a língua enrolada, prendendo a sua respiração, e que se o socorro não tivesse chegado rapidamente, ele teria morrido. Era o prenúncio do que estaria por vir nos dois dias seguintes. No sábado foi a vez de Roland Ratzenberger. Segundo o que li, o aerofólio do seu carro tinha tido problemas, mas o piloto mesmo assim insistiu em ir para a tomada de tempo, resultado: escapou numa curva de alta e bateu forte contra o muro, morte quase que instantânea. Os médicos ainda tentaram reanima-lo, mas já não haveria jeito.

13 anos após a morte de Gilles Villeneuve, morria Ratzenberger. Ayrton Senna não queria correr naquele domingo, mas o fez... Creio que para homenagear o Roland. Não passou da sétima volta. 24 anos depois da morte de Piers Courage, na De Tomaso, Frank Williams perdia outro piloto, dessa vez no FW16. Senna não teve o socorro rápido que Barrichello teve.

Deu o azar do carro bater no muro justamente no ângulo exato para que a barra de suspensão ricocheteasse contra seu capacete, perfurando o mesmo e adentrando uns 3 ou 4 cm no seu cérebro. Foi levado ao Hospital de Bologna. Um dos médicos depois falou em entrevista exatamente assim “Um centímetro a menos e ele teria sobrevivido”. Após a retirada do corpo, encontraram uma bandeira da Áustria dentro do Williams-Renault FW16 do brasileiro. Ele queria homenagear Ratzenberger após vencer.

Mas acredito que mesmo vivo, Senna não poderia pilotar mais, talvez nem andar. Creio que se estivesse vivo, teria muitas sequelas. Após isso, ainda houve um grave acidente com o Karl Wendlinger em Mônaco.  Outro duro teste para a segurança dos carros. Mas aquele campeonato tinha de continuar, e continuou. Damon Hill assumiu o posto de primeiro piloto da Williams, com a vaga seguinte sendo de David Coulthard, que por 4 corridas foi substituído por Nigel Mansell. O campeonato de pilotos foi apertado.

Batida entre Hill e Schumacher e Adelaide: Graças à controversa manobra, o alemão levou a melhor


GP da Austrália de 1994
Vitória de Mansell na Austrália após abandono
de Hill e Schumacher ajudou a garantir o título
de construtores para a Williams.
Damon Hill lutou até Adelaide pelo título, quando Schumacher errou em uma curva e quando ia ser ultrapassado, deu com seu Benetton na Williams do Inglês. A FIA fez vista grossa.  Naquele ano, pairavam sobre a Benetton acusações de trapaça, equipamentos ilegais, gasolina adulterada... Briatore era o diretor esportivo. No final, Hill perdeu por um ponto, mas a Williams ganhou o campeonato de construtores por 118 x 103 da Benetton. Destaque para o primeiro pódio de Barrichello, no GP do Pacífico, ainda.

Adendos: Segundo relatos de Alícia Klein em seu livro "A Máquina", Frank Williams e Damon Hill nunca questionaram a atitude de Schumacher. Hill disse: "Não vou ser levado pela interpretação alheia do que aconteceu. Foi uma corrida fantástica, mas acabou. Eu vi uma oportunidade para ultrapassar e achei que deveria pegá-la, só não era para ser". E Francis disse: "Vi o acidente uma vez. É obviamente controverso, por isso, prefiro não dizer nada. Não vejo propósito para um protesto". A FIA também inocentou o alemão.



1995: Nesse ano mais uma vez deu Schumy. Mais uma vez pela Benetton. A Williams não conseguiu bons resultados como na temporada passada, 5 vitórias (4 do Hill, 1 do Coulthard) contra 11 da Benetton (9 de Schumacher e 2 de Johnny Herbert). O FW 17 B não conseguiu tantas vitórias como seus 3 antecessores. O campeonato termina com Hill em segundo com 69 pontos e Coulthard em 3º com 49.  Schumacher foi campeão com 109, um passeio do alemão.

1995: Coulthard vence sua primeira em Portugal e leva champagne de Hill e Schumacher

1996-  De volta ao título. Coulthard foi para a McLaren e deu lugar a Jacques Villeneuve, filho do lendário Gilles e campeão das 500 milhas de Indianápolis do ano anterior. Com a saída de Schumacher da Benetton para a Ferrari, a Benetton não manteve o mesmo padrão de equipe vencedora (mesmo ainda tendo Ross Brawn e Rory Byrne) a Williams voltou a ser superior.

Damon Hill saboreia seu primeiro e único título com a bandeira do Reino Unido, em Suzuka


Com o FW18, Damon Hill sagrou-se campeão, tornando-se o único piloto filho de piloto campeão a ser campeão também. Venceu 8 vezes e conquistou uma vez o segundo lugar. Foi campeão com 97 pontos, 19 na frente de Jacques Villeneuve, que teve uma estreia arrasadora. Vice campeão na primeira temporada, com 4 vitórias, 5 segundos lugares e 2 terceiros. Michael Schumacher, em clara evolução da Ferrari, ficou em terceiro lugar com 59 pontos, sendo 3 vitórias. Nos construtores a vantagem da Williams foi larga, 105 tentos à frente da Ferrari, um caminhão de pontos....



A se destacar o GP de Mônaco de 1996, em que apenas quatro carros cruzaram a linha de chegada, com vitória de Olivier Panis, da Ligier.

1997. Damon Hill foi campeão em 96 pela Williams... Mas esse filme conhecemos, ele não renovou para o ano seguinte, ou o Frank não quis renovar mais uma vez. O inglês foi para a Arrows-Yamaha, fazer companhia ao brasileiro Pedro Paulo Diniz. A bordo do FW19,  Jacques Villeneuve e Heinz-Harald Frentzen e Juan Pablo Montoya como piloto de testes.

Esse campeonato também foi controverso. Jacques Villeneuve chegou no último GP um tento atrás de Michael Schumacher. Max Mosley disse que não aceitaria manobras antidesportivas. A equipe de Didcot já era campeã dos construtores. Ferrari e Williams estavam tão próximas que no classificatório, Jacques, Schumacher e Frentzen marcaram, rigorosamente e nessa ordem, o mesmo tempo: 1min21s072.

A manobra controversa de Villeneuve em Schumacher


No começo da corrida, o tedesco da Ferrari era campeão, mas Villeneuve se aproximou e tentou ultrapassar o alemão, que tentou fazer o mesmo que fez em 1994, fechou a porta tarde demais na tentativa de segurar o adversário. Acabou batendo em Villeneuve. Mas dessa vez ele se deu mal. Além do canadense resistir e permanecer na pista, ainda viu-se desclassificado do campeonato por tal manobra. Sendo assim, deu dobradinha da Williams, Jacques campeão, Frentzen em segundo e Coulthard terceiro.

Podium em Jerez: Coulthard (2º) e Häkkinen (vencedor) erguem Villeneuve, o campeão


Adendos: O argentino Norberto Fontana, da Sauber, relatou que recebeu ordens de equipe de Jean Todt para dar passagem a Schumacher enquanto retardatário, mas para bloquear Villeneuve o quanto pudesse. Ele assim o fez. Disse que nem o alemão e nem Todt o agradeceram após isso. Após o abandono, ao contrário do que se pensa (segundo relatos de Alicia Klein em "A Máquina", Schumacher foi para os boxes da Ferrari e começou a maior animação por lá. Além disso, ela fala de um jogo de equipe ocorrido durante a corrida,

[...] Michael se divertia com a mulher Corinna, fazia piadas com Eddie (Irvine) e Willi Weber havia encomendado cem mil camisetas e bonés com a inscrição: "Michael Schumacher, campeão mundial de F1 de 1997." Irvine surrupiou um dos obsoletos bonés, pegou uma camiseta, adicionou uma correção e vestiu-o na cabeça: "Michael Schumacher, QUASE campeão mundial de F1 de 1997".

As equipes que criticaram a estratégia da Ferrari no Japão (que levou Michael a vitória foram as mesmas a protagonizar um jogo bem menos justificável. Publicados no jornal inglês The Times, os diálogos via rádio de WILLIAMS e McLaren com seus pilotos mostram uma bela camaradagem...

(McLaren) - David, abra para Mika na reta dos boxes.
(David) - Repita, por favor.
(McLaren) - Abra para Mika nos boxes, ok?
(David) - Desculpe, não entendi.
(Ron Dennis) - David, é Ron. Se você não deixar Mika passar nesta volta, será demitido. Ficou claro?

Na Williams...
(Williams) - Jacques, Häkkinen está muito rápido. Ajudou muito. Jacques, Häkkinen, ele quer ganhar. Foi muito prestativo, lembre-se disso.
(Williams) - Última volta, Jacques. Última volta. Coulthard está controlando Irvine. Häkkinen está bem atrás de você. Não me decepcione, Jacques. Conversamos sobre isso antes. Häkkinen está colado em você. Lembre-se, ele foi prestativo.

Mika Häkkinen e David Coulthard completaram a dobradinha da McLaren, com Jacques Villeneuve, o campeão, em terceiro. A divulgação da conversa levou ambos os times a julgamento. A FIA, contudo, optou por não punir as equipes. Por unanimidade, os fiscais da prova em Jerez isentaram Michael Schumacher de qualquer responsabilidade no incidente. Não obstante, o alemão foi julgado pelo Conselho Mundial da FIA e condenado por conduta antidesportiva [...] (Klein, Alicia, pág. 161-162).

1998: O início da fase de vacas magras da Williams, com a saída de Adrian Newey (que queria comprar ações da equipe, a que Frank Williams disse "não") para a McLaren. A Renault se retirara da Fórmula 1 e deixou para a Williams um motor genérico, Mechachrome, que equiparia o FW20, que era vermelho e branco, quase igual à Ferrari. O campeão foi Hakkinen, da McLaren, seguido de Schumacher e Coulthard.

Villeneuve em terceiro no podium, junto com os dominadores de 1998, Hakkinen e Coulthard, no GP da Alemanha, em Hockenheim.

Jacques e Frentzen ficaram em 5º e 7º respectivamente. 1998 marcou a padronização dos motores, agora só eram usados os V10, bem como a mudança dos pneus slicks para os "de listras" (Não sei o nome desses pneus agora). Nesse ano a Williams marcou apenas 38 pontos, míseros 3 pódios, dois de Villeneuve e 1 de Frentzen. Campeonato fraco da Williams, bem aquém do que vinha sendo nos anos anteriores...

Villeneuve na Austrália. Em 1998, a Williams caiu bastante.


1999: Se o FW 20 foi ruim, o FW 21 foi ainda pior. O motor Mecachrome já não era mais usado, a equipe adotou os fraquíssimos Supertec. Marcou apenas 35 pontos (apenas de Ralf), os mesmos 3 terceiros lugares da temporada anterior, apenas o 5º lugar entre os construtores. A dupla de pilotos foi trocada por Alessandro Zanardi (que acabara de ser bicampeão pela americana CART) e Ralf Schumacher, que ficaram em 6º e 19ª na classificação de pilotos. Mika Häkkinen foi bicampeão, seguido por Eddie Irvine, da Ferrari e Heinz-Harald Frentzen, da Jordan-Honda. Michael Schumacher acabou ficando de fora da disputa, pelo seu acidente em Silverstone, onde quebrou as pernas. Ele ficou justamente à frente de Ralf, com 44 pontos.

Ralf Schumacher (ALE/Williams-Supertec)


O modelo, além de fraco, não era confiável. Zanardi só completou 6 corridas naquele ano, e marcou nenhum ponto!

Na década de 90, a Williams alternou momentos de genialidade com grotescos fracassos, e ainda tragédias. No entanto, eu considero essa a época mais gloriosa da equipe. Pádua falará ainda mais sobre os anos 2000, em que a Williams até ameaçou ressurgir.

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