Foto: EPA |
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Sobre Abu Dhabi: A vitória do melhor?
Sobre Abu Dhabi: A vitória do melhor?
Foto: EPA |
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Sobre Batman: Arkham City
Eu já tinha achado Batman: Arkham Asylum um jogo sensacional, com imersão e sistema de combate totalmente revolucionários e uma ótima repaginada no gênero de super-heróis, até então recheado de obras pouco cativantes.
A side quest do Charada é, até certo ponto, essencial para a completude do jogo.
Ao resolvemos suas charadas e colecionar seus troféus por toda a ilha Arkham, poderíamos adquirir pontos de experiência para melhorar as habilidades do Batman e avançar mais eficazmente no jogo.
E uma insólita sensação quando você zera o jogo: Ao vagar pelo hospício vazio, você se sente tão louco quanto os lunáticos que derrotara.
Pelo menos, eu tive essa sensação.
Mas, ao jogar Batman: Arkham City, tudo o que eu já tinha achado sensacional no anterior passou a ser insignificante diante da grandeza deste. Arkham City é quase infinitamente superior ao seu antecessor em todos os sentidos.
A Rocksteady chutou o pau da barraca e fez deste jogo, a meu ver, uma das maiores obras da história dos videogames.
Imersão, habilidades, sistemas de combate, desafios, história, densidade das missões...
Em tudo, absolutamente TUDO, Arkham City é pensado para ser maior e melhor que seu antecessor.
O roteiro apresenta uma história fantástica. Quincy Sharp isolou parte da cidade de Gotham para transformá-la numa super-prisão para os fugitivos do asilo no jogo anterior.
O jogo mescla perfeitamente momentos de ação, exploração e furtividade.
E sempre apresenta ao jogador desafios que o obrigam, no final das contas, a dominar praticamente todas as habilidades disponíveis.
A luta contra o Sr. Frio é um perfeito exemplo disso.
Tanto no jogo anterior quanto neste, há muito respeito ao cânone das histórias do Batman, sendo o próprio "Arkhamverse", como é chamado o universo no qual se passa a história do jogo, muito calcado em fatos do próprio cânone.
O ponto mais forte do jogo, para mim, é outro: O realismo da cidade.
O jogo retrata perfeitamente a grandiosidade de uma cidade, naturalmente um ambiente muito maior do que o asilo do jogo anterior
E o faz na forma de uma infinidade de missões secundárias adjacentes à campanha principal, espalhadas por todo o lugar.
Contribuem para isso, também, os inúmeros desafios do Charada e os internos da super-prisão, espalhados por cada esquina, prontos para matar o Batman.
Ou rezar para não terminarem com muitos ossos quebrados...
Há muito a ser visto e experienciado no jogo, e isso de fato é um grande trunfo.
Se não for o melhor jogo que já joguei na vida, está, certamente, no meu top-5.
Estupendo!
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Sobre X-Men - Apocalipse (com spoilers)
Havia fotos melhores. Mas adorei essa, então "fodasse" |
Bom, fiquei pensando quando eu iria assistir a esse filme.
Em X-Men 2 e X-Men 3, Magneto sempre acabava sendo o maior problema dos mutantes, ou causava tal problema.
Neste, o papel de Erik Lehnsherr, felizmente, muda bastante.
Algumas soluções de roteiro são fáceis demais e, a priori, nos causam um pouco de estranheza.
A forma como Tempestade fica com os cabelos brancos e como Xavier fica careca... É um tanto quanto decepcionante. Mas tudo bem, relevei.
Todos são bem desenvolvidos.
Você sente o drama de Scott Summers e o preconceito contra Jean Grey.
Se estiver nos próximos filmes, tomara que seja melhor aproveitada.
Gostei, porém, do momento final do filme, quando a super-equipe de Xavier começam a enfrentar os sentinelas na sala de simulação de combates.
Bateu a nostalgia. Os uniformes, mais coloridos, lembraram a lendária animação dos anos 90.
E o diálogo que Xavier e Magneto tiveram na cena de xadrez também é trazido para cá.
Excelente sacada de Singer. Tomara que o próximo filme seja na pegada dos anos 90, mesmo.
Apesar disso, funciona bem em certos aspectos, principalmente se pensarmos que traz, até certo ponto, uma carga dramática ao filme.
Mas é uma pena que tenham-no matado. Poderia ser aproveitado para outras ocasiões.
Conclusão: É um filme bom e divertido, tem grandes ideias e acertos que te fazem sair satisfeito, mas erros que te fazem pensar que poderia ter sido um tanto melhor.
Nota: 8,0
Beijo na bunda e até segunda.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Sobre um entrelaçar
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Sobre Guerra Civil: Uma aula sobre épicos (COM SPOILERS)
Capitão América: Guerra Civil lançou nessa quinta-feira (28) aqui no Brasil.
Pensei em ir ver no sábado. Acabei chutando o pau da barraca e vi ontem mesmo, na estreia.
E não me arrependi, no final das contas.
O filme é simplesmente uma das melhores adaptações de filmes de super-heróis de sempre.
Uma aula sobre como fazer filmes épicos. Aprende, viu, DCzinha, minha filha?
Tem tantos pontos positivos que é difícil enumerá-los de maneira coesa, pois são muitas as coisas que impressionam neste filme.
Mas vou tentar enumerar cada coisa bem direitinho.
Vamos aos pontos positivos.
1) Direção e roteiro cuidados com um esmero quase irretocável. A direção dos irmãos Anthony e Joe Russo é cirúrgica, tirando um errinho de continuidade aqui e ali, que não comprometem a qualidade do produto final.
O roteiro é fantástico.Christopher Markus e Stephen McFeely arrebentaram a boca do balão. Apesar de acontecerem várias coisas, a narração dos fatos não se atropela em momento algum e o ritmo é excelente, dá a sensação de estar sendo travada uma guerra, de fato. Cada fato é muito bem encaixado.
O filme equilibra muito bem o tom sombrio com as piadas, essas também encaixadas de maneira genial.
2) Devido justamente a isso, todos os atores estão maravilhosos em cena. TODOS. Desde os principais (Homem-de-Ferro e Capitão América, obviamente) até, por exemplo, o Gavião Arqueiro.
Todos têm uma participação muito sólida no filme.
Destaque ainda para a atuação mais dramática de Robert Downey Jr., que soube intercalar muito bem entre o Stark piadista e o Stark mais sério. Em Era de Ultron, Tony fazia piadas praticamente a cada 5 minutos.
Você não sente falta de uma aparição maior de nenhum, todos cumprem seu papel de maneira brilhante, com exceção, talvez, de Zemo.
3) Isso, para mim, fez a Marvel quebrar uma regra de ouro dos filmes de heróis: Nunca coloque vários personagens, sob pena de deixar o roteiro comprometido.
Aqui está a grande revolução de Guerra Civil.
Porque aqui, você não tem essa sensação de roteiro atropelado, de maneira alguma. A preparação de todos os filmes anteriores, que levaram a esse, deixou dispensável qualquer maior apresentação dos personagens, à exceção do Pantera Negra e do Homem-Aranha (dos quais falarei já, já).
Nenhum deles ficou sub-aproveitado, tampouco o roteiro foi prejudicado pelo excesso de personagens. Talvez tenha sido justamente ajudado por isso, dado o contexto de guerra.
4) Se em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, o conflito ideológico é pouquíssimo explorado, aqui em Guerra Civil ele é explorado à exaustão.
E não é algo jogado ali de paraquedas. Durante todo o filme, os fatos que ocorrem são colocados sucessivamente de um jeito que fazem o espectador titubear sobre qual lado apoiar o tempo inteiro, de maneira que, ao final, ele esteja com condições de decidir sobre sua posição a respeito desse conflito.
5) Homem-Aranha e Pantera Negra.
Marvel did it again? Certamente.
Vimos, em 2h26min de filme, esses dois personagens serem introduzidos muito bem. Se, por um lado, tivemos T'Challa, um personagem praticamente desconhecido, por outro, Peter Parker dispensa apresentações.
O Pantera Negra nos é apresentado com a devida carga de drama, na reunião geral das Nações Unidas em Wakanda para deliberar sobre o Tratado de Sokovia.
A atuação de Chadwick Boseman é ótima e foi um excelente aperitivo para o filme-solo do personagem, que debutará nas telonas em 2017.
Já Peter Parker/Homem-Aranha, com mais de 50 anos de história e diversos interpretes anteriores no cinema, dispensava maiores apresentações. Tom Holland foi uma escolha acertadíssima para o papel do Cabeça-de-Teia.
O Homem-Aranha tem participação sólida na guerra e suas cenas de luta são impecáveis, assim como seus diálogos, que sem dúvida lembram os quadrinhos. O melhor Aranha de todos até aqui. Também excelente aperitivo para seu filme-solo, Homem-Aranha: De Volta ao Lar, que estreará em 2017.
Mortalmente ágil, tagarela, divertido. Deja vu.
Tivemos uma Tia May interpretada por Marisa Tomei (cá entre nós, uma MILF extremamente gostosa, falo mesmo), que deverá aparecer mais em De Volta ao Lar, e um Peter Parker extremamente jovem e novato no contexto da vida de super-herói.
Dispensaram a cena da morte do tio Ben - adequado, a meu ver - e já partiram logo para a entrada do Aranha no time do Homem-de-Ferro.
Mas, como nem tudo são rosas... Vamos aos pontos negativos.
Achei alguns probleminhas que, embora não comprometam o desenvolvimento geral do filme em si, incomodam um pouco a sensação que tenho em relação ao Universo Cinematográfico Marvel como um todo.
1) Ninguém morre. NINGUÉM. MORRE. Isso é bem chato. No trailer, você até dá pra imaginar que o James Rhodes possa vir a morrer com aquela queda. Mas ele só perde o movimento das pernas, mesmo.
E vai recuperar. Tony Stark, que não é bobo, fez alguma coisa parecida com próteses estimulantes aos nervos das pernas dele.
E olhe que no original dos quadrinhos, é muito mais dramático em relação a isso. O drama maior do filme é, ora vejam, a revelação para Stark de que Bucky matou seus pais.
2) Helmut Zemo. Não tem nada a ver com o Barão Zemo dos quadrinhos, mas isso a gente até releva. O problema é que, em comparação aos heróis, ele não tem muito tempo de tela.
É até compreensível, porque as relações entre os heróis são o foco. Apesar disso, ele acaba sendo essencial para o desfecho do conflito, mas poderia ter aparecido mais, e melhor adaptado.
Mas a atuação de Daniel Bruhl é ótima. Como disse, todos os atores estão ótimos em cena.
3) O final ficou um pouco confuso, para mim. Não sei, tive uma sensação de que faltou alguma coisa, algum drama maior para finalizar.
4) Uns errinhos de continuidade, como em uma tomada o Stark, sem capacete, dar um soco no Capitão, e na tomada seguinte ele já estar com o capacete colocado. Bobagem, a meu ver.
Enfim, é um filme excelente, no final das contas.
Nenhum dos pontos negativos compromete o resultado final, que vale mais de uma ida ao cinema, com certeza.
Vou me despedindo por aqui.
Beijo na bunda e até segunda.
Nota: 9,5
sábado, 2 de abril de 2016
Sobre Alonso e Herbert
domingo, 27 de março de 2016
Sobre Batman vs Superman (com spoilers)
Engraçado, o título.
O Alfred de Jeremy Irons é bom, mas o de Sir Michael Cane ainda é o melhor.
Em suma: de um modo geral, as atuações são boas.
O filme faz referência a, no mínimo, três HQs: O Cavaleiro das Trevas, Injustice e A Morte do Superman.
6) MENÇÃO HONROSA para o Aquaman de Jason Momoa. Jogaram Old Spice no personagem e as particulas de cabra-macho fizeram a diferença. Superei meu trauma de infância, o Aquaman dos Super-amigos.
Antes de qualquer coisa: eu não sou "Marvelete" e não sou que nem os críticos absurdos que reclamaram porque o filme não tem alívios cômicos a cada 5 minutos ou tem "referências demais aos quadrinhos".
Achei essas críticas infundadas e fracas. A DC tem seu próprio estilo e isso precisa ser respeitado.
Vamos aos problemas:
2) Preguiça e pressa. A DC é preguiçosa. Queria, a todo custo, alcançar o sucesso da Marvel nas telonas, mas sem desenvolver o mesmo trabalho ostensivo da rival.
O resultado é 3) um filme de roteiro atropelado, com muitos personagens e problemas similares aos de filmes como Spider-Man 3 (2007).
Afinal, a DC esperava, em um longa de 2h35min, fazer o que a Marvel fez em 4 ou 5 filmes, com direito a cenas de ligação entre cada um dos personagens, tanto durante os filmes quanto nas famosas cenas pós-créditos.
Não rolou. Para mim, não é um filme digno de introduzir a Liga da Justiça.
A DC tem que entender que, neste momento, precisa construir seu universo cinematográfico, não disputar com a Marvel.
Esta já fez seu dever de casa e está colhendo seus frutos, dominando o cinema de Super-heróis.
Temos três filmes num só. O do Batman (pura exposição no primeito ato), o do Superman (mais do mesmo, muito pela própria atuação sem graça de Henry Cavill) e o da Origem da Justiça (melhor ato do filme, além de divertido).
E uma fotografia que, por vezes, é confusa, ao tentar transitar entre os três filmes.
4) O Lex Luthor de Jesse Eisenberg é duas coisas em uma: O Mark Zuckerberg visto em "A Rede Social" (2010) e o Coringa que não era para aparecer neste filme.
É aquele cara que só quer ver o mundo pegar fogo. Mais Coringa, impossível.
Muito piadista e irreverente para ser Lex Luthor, mas deve amadurecer nos próximos filmes.
5) O filme tenta, a todo momento, alavancar as pontas para os próximos longas, o que chega até a prejudicar, por vários momentos, seu próprio desenvolvimento.
Só faltava um "To be continued" nos últimos quadros da fita.
Em suma: Um filme bom, com elementos ótimos, mas as falhas fazem com que seja só isso, mesmo: bom. Vale o ingresso e uma ou duas idas ao cinema.
Nota: 7.5
Beijo na bunda e até segunda.
sexta-feira, 25 de março de 2016
Sobre... Demolidor mesmo
É difícil escolher as palavras para escrever.
É difícil até começar a escrever.
Terminei de ver a primeira temporada de Demolidor há poucos minutos.
Algumas coisas, posso dizer que introjetei a partir de prévia experiência com Jessica Jones.
A sensação de estar vendo um filme de 13 horas, por exemplo.
Mas, dessa vez, aqui temos um grande roteiro.
Temos episódios que, claro, dependem uns dos outros para manter a coesão da série.
Mas cada roteiro de cada episódio tem seu papel importante na série. Não há sequer UM episódio inútil.
E ela tem vários focos.
Se, em "Jessica Jones", tínhamos como foco quase absoluto os dois protagonistas, num roteiro prolixo e cansativo...
... em "Demolidor", vemos vários personagens importantes contracenando, cada um com sua devida importância.
E praticamente cada fato narrado é de suma importância para a compreensão do enredo.
Para isso, o desenvolvimento dos personagens no roteiro é fantástico, e as atuações são memoráveis (destaques, obviamente, para Charlie Cox, Vincent D'Onofrio e Vondie Curtis-Hall).
O que é aquele Wilson Fisk?! Eu vi o Rei do Crime dos quadrinhos ESCULPIDO em Vincent D'Onofrio!
O ator interpreta Fisk de maneira magistral.
Ben Urich, personagem de Curtis-Hall, é envolvente e um grande mentor na série.
Suas frases são marcantes. Uma delas estará ao final deste post.
Indispensável também falar de Scott Glenn, como Stick. Um grande mentor para Matt Murdock.
Destaque ainda para a composição da trilha sonora, sobretudo da abertura.
A melodia segue o ritmo de uma frequência cardíaca. Matt Murdock sabe que uma pessoa está mentindo ao ouvir seu coração. Genial.
Isso para não falar das inúmeras e geniais composições de J.S. Bach, presentes ao longo da série.
A fotografia deu um clima sombrio à ambientação da série, algo essencial quando estamos falando de um personagem como o Demolidor e de um roteiro que favorece uma trama com ares de investigação e suspense policial como esta.
Como um amigo meu disse: o cuidado ao fazerem essa série foi exemplar.
O resultado foi magistral.
Tanto que conjecturei à exaustão sobre quaisquer erros da série e não consegui lembrar de nenhum.
Posso dizer: é uma das melhores coisas sobre super-heróis que eu já vi.
De hqs, filmes ou séries.
E bora pra segunda temporada!
Nota: 10
Beijo na bunda e até segunda.
‘Você colhe o que semeia.’
É um velho ditado.
Um que sobreviveu ao tempo, porque é verdade.
Na maior parte.
Mas não para todos.
Alguns colhem mais do que semeiam.
Porque acreditam não ser como os outros.
Que as regras, aquelas de gente como você e eu, gente que batalha para viver, não se aplicam a eles.
Que eles podem fazer o que quiserem e viver felizes para sempre, enquanto o resto de nós sofre.
Eles fazem isso nas sombras. Sombras que criamos.
Com nossa indiferença. Com nossa incrível falta de interesse em algo que não nos afete diretamente, aqui e agora.
Ou talvez seja a sombra do cansaço. De como estamos cansados de batalhar para voltar a uma classe média que não mais existe, por causa daqueles que pegam mais do que merecem.
E continuam pegando, até que só reste para nós uma lembrança de como as coisas eram antes das corporações e lucros decidirem que não importamos mais.
Mas importamos.
Você e eu. As pessoas desta cidade.
Nós ainda importamos.
(Ben Urich)
domingo, 20 de março de 2016
Sobre resultados que nunca mudam
(Foto: XPB Images) |
Alonso renasceu depois dessa (Foto: XPB Images) |
sábado, 19 de março de 2016
Sobre uma política que segrega
* NOMES MERAMENTE ILUSTRATIVOS PELO AMOR DE DEUS
Sobre fiascos
Hamilton nem fez média; comeu logo o rabo do resto sem pudor algum |
Vamos lá.
Começou a Temporada 2016 da Fórmula 1.
E, com ela, o feliz ano velho de Marcelo Rubens Paiva.
Porque nada mudou.
Mercedes continua comendo a bunda da concorrência.
A Ferrari na vibe "ou vai, ou racha" - mas não vai.
Williams e Red Bull se matando.
McLaren chorando as pitangas da distante Pasárgada.
Renault voltou pra tomar porrada.
Mas venho por aqui é pra comentar esse novo sistema de classificações, mesmo.
Mas a pergunta para a FIA após esse treino classificatório do GP da Austrália é a seguinte:
"Se é pra fazer broxar, pra que deixar a gente de pau duro?"
Porque Hamilton fez a pole mais chocha de sua carreira, neste que é um forte candidato a pior treino classificatório da história.
É uma ideia que se provou relativamente boa, no começo. Proporciona um bom espetáculo. As equipes são obrigadas realmente a colocarem os carros para correr.
E, no começo, essa aparente imprevisibilidade pode acabar minando pilotos de equipes grandes - como aconteceu com Kvyat no Q1 e Bottas no Q2.
Os pilotos lidam com a pressão e os mais experientes se sobressaem. Ainda mais com a proibição do rádio.
Mas o Q3 foi uma decepção completa.
Com 3 minutos faltando para o final do treino, já tinha piloto se pesando.
Nem tinha acabado o treino direito e Vettel já estava de jaquetinha e calça jeans. Nem mesmo a foto do top-3foi feita.
Os pilotos mais atrás na classificação nem tentavam melhorar. Um anticlímax total.
Patético. Um fiasco gigantesco.
Tomara que eles mantenham o Q3 como era antes. Ou criem uma punição para quem não for à pista, sei lá.
No mais, tem outra reflexão que seria interessante fazer.
Vocês não acham esse modelo de classificação a forma mais idêntica ao jogo de forças políticas da Fórmula 1 atual?
Senão vejamos: Q1 e Q2 viraram dois momentos em que é promovida a total autofagia entre as equipes médias e pequenas.
Assim que todas as equipes se acostumarem com o sistema, as grandes equipes se beneficiarão muito mais.
Isso é algo que ocorre muito na F1 atual, não acham? As equipes grandes se distanciando cada vez mais das médias e pequenas, enquanto essas se engolem umas às outras, como macacos numa jaula tentando alcançar o distante cacho de banana.
Enquanto que o Q3 privilegia a supremacia e a força das melhores equipes, em detrimento das não tão grandes em termos de desempenho.
Em dado momento do Q3, você só terá pilotos da Mercedes e da Ferrari! Em dado momento, você tem uma possível briga entre, apenas, Hamilton e Rosberg!
No mais, do ponto de vista do espetáculo, Q1 e Q2 estão ótimos. Mas o Q3 não pode ser desse jeito.
De surpreendente no treino, apenas Haryanto superando Wehrlein.
Só isso mesmo.
Beijo na bunda e até segunda.