Já fui de cobrar atenção das pessoas.
E te falo: Não tem coisa pior.
Nunca cobre atenção de alguém. Ainda mais na internet.
Se você chegar a achar que precisa disso, se afaste da pessoa.
Pedir a atenção de um amigo, por mais que a intenção seja boa, gera repulsa e afastamento.
O advento da internet fez com que tivéssemos inúmeras possibilidades ao alcance de um clique, de alguns dígitos ao teclado.
Começa uma conversa aqui. Outra ali. E outra acolá. Não vingou de primeira? Esquece. Passa para a próxima.
Por essas que geralmente fico na minha quando alguém dá sinais de que desapegou e não se interessa mais em falar comigo.
Eventualmente lamento, pois às vezes eram pessoas cuja conversa eu estimava muito.
De qualquer forma, eis aqui o que já estou tentando por em prática.
Não mendigo mais a atenção de quem quer que seja.
Puxo conversa uma vez. Duas vezes, no máximo. Se a pessoa me der papo, chamo a segunda vez.
E gosto de reciprocidade na procura. Se você está numa relação de amizade em que só você procura a outra pessoa, se afaste logo.
De qualquer forma, toda essa questão me faz ficar bastante preocupado com o andar das relações humanas contemporâneas, cada vez mais indiferentes.
Uma boa amizade deve ser recíproca e cuidada por ambas as partes.
Se você começar a sentir necessidade pela outra pessoa, de duas uma: Ou ela vai preferir se afastar, ou vai começar a pisar em você.
A verdade, nua e crua, é esta.
Por isso o desinteresse cada vez menor pelas relações, pelas saídas, por tudo o que uma vez significou amizade.
Ninguém quer ser a pessoa mais interessada em uma relação. Porque a resistência e durabilidade do que se tem por relação hoje é pífia.
Dormir na casa do amigo? Ganhar um abraço demorado? Passeios com frequência?
Esqueça.
As relações atuais, a meu ver, sofrem influência direta da era da Internet. Comunicação simples e viciante. E, acima de tudo, cômoda.
Sair para encontrar com um amigo para conversar? Para que? Facebook existe para isso. E você nem levanta o rabo da cadeira.
Passeios? "Vamos marcar".
Mas ninguém marca nada.
Pessoalmente, acho isso triste.
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