domingo, 25 de outubro de 2015
Sobre Austin, triunfos e chororôs
Esse era mais uma das corridas sobre as quais eu não iria escrever nada.
Não me interessa escrever sobre corridas em que a Mercedes ganha, por melhores que elas sejam. Ainda mais com dobradinha.
Mas esta teve circunstâncias que alimentaram satisfatoriamente meu apetite pela escrita.
Então vamos lá.
Em primeiro lugar, parabéns para Lewis Hamilton pelo tricampeonato. Merecido.
Injetou Red Bull na bola esquerda e correu feito o diabo neste ano. (ou Monster, que é o energético que patrocina a Mercedes)
Uma coisa interessante é que o título de Lewis, um piloto negro, foi selado no Texas, um estado ao sul dos Estados Unidos.
Quem gosta de história, vai pegar essa referência no ar.
E não tem mais o que falar sobre isso, especificamente.
Daí em diante, tenho alguns comentários que julgo pertinentes para fazer.
Acho lamentável, sinceramente, que com toda essa corrida maravilhosa, tenhamos tido dobradinha da Mercedes.
O que deixa clara uma coisa: O problema da Fórmula 1 não é a falta de boas corridas.
É a falta de alternativas. Pura e simplesmente.
Do que adianta você ter uma corrida belíssima se ela acaba de forma absolutamente sacal e comum?
Qual a graça de uma ruma de mudanças de conjuntura e liderança se temos dois carros da Mercedes fazendo dobradinha no final?
Sei lá... Por isso torço para que a Ferrari faça um carro/motor decente ano que vem.
Falando em Ferrari...
Onde estão os vaiadores de Sebastian Vettel?
Os que falavam a torto e a direito que o tedesco só ganharia com um carro de outro planeta?
Ah, mas é o Hamilton, um piloto do povão, cheio de apelo. Entendemos.
Não me entendam mal, não é que eu não goste de Hamilton. A questão é que eu sou indiferente a ele.
E o alemão, hoje, largou na 14ª colocação. Chegou ao pódio.
Ainda creem haver espaço para esse tipo de argumento contra o tetracampeão?
Vettel é, junto a Hamilton, o melhor piloto desse grid.
E, com o tri do inglês, os dois se estabelecem como os melhores pilotos da atualidade. Parelhos tanto em talento quanto em números.
Isso posto: Esqueçam Fernando Alonso. O tempo do espanhol já passou.
Sim, não tem nada a ver com ele, mas arrumo uma forma de falar sim.
Sou chato sim.
Não vou atrás do que fazer ou de uma muda de roupas pra lavar.
Me chame de hater, se quiser.
Aqui eu falo o que eu quiser e foda-se.
Vettel e Hamilton somam juntos números gigantescos e estão se alternando nesse campo.
Alonso parou no tempo. Hoje, o espanhol vive de passado e de publicidade.
E da aparentemente inquebrantável persistência de seus fãs.
Falando nisso, uma perguntinha aos fãs de Fernandinho...
Se o espanhol é unanimemente o melhor da atualidade entre jornalistas e chefes de equipe... Por que cargas d'água ele não consegue vaga numa Mercedes, por exemplo?
Enfim, essa resposta deixo a cargo de vocês em suas reflexões internas.
Já coloquei minha opinião sobre Alonso neste blog a rodo e não pretendo repeti-la.
Enfim... No mais, tivemos uma ótima corrida.
Mas também tivemos 1-2 mercêdico, Rosberg bundão e Vettel comendo pelas beiradas.
Ao público leigo ou ao fã que perdeu a corrida e fica sabendo do resultado pela internet, fica tipo a sensação:
"É apenas mais uma corrida sem alternativas e que todo mundo sabe que quem vai ganhar é o cara da Inglaterra que tem o carro melhor que os outros."
Tô queimando a língua, provavelmente, mas a sensação que essa F1 sem alternativas ou contraponto às vitórias da Mercedes é exatamente essa.
As circunstâncias eram similares com Vettel? Eram.
Mas não tão escancaradamente.
Enfim, cheirunda em vocês.
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