domingo, 27 de março de 2016

Sobre Batman vs Superman (com spoilers)



Engraçado, o título.

Sempre tento fazer títulos alegóricos sem entregar diretamente o tema do texto.

Mas, dessa vez, não vai dar muito certo.

Isso posto, vamos ao texto.

Primeiro, tenho que fazer três comentários iniciais.

1) Quem não quiser spoilers, nem passe desse ponto do texto;

2) O filme é praticamente inteiro entregue nos trailers, sem grandes surpresas;

3) Fui ver com expectativas baixas. E não fui surpreendido de forma alguma, exceto pela atuação de Ben Affleck.

Batman vs Superman: A Origem da Justiça teve alguns elementos excelentes, mas também falhas graves.

Primeiro, comentemos os bons elementos.

1) O Batman de Ben Affleck é simplesmente o melhor que já vi nas telonas. 

O controverso ator calou a boca de meio mundo que criticou sua escolha. 

E entrega uma atuação excelente, uma das melhores do filme.

Tanto Bruce Wayne quanto o Homem-Morcego estão ainda mais sombrios e lembram muito suas origens dos quadrinhos.

Atrevo-me a dizer, para o desespero dos fàs da trilogia de Christopher Nolan, que Affleck roubou para si o personagem.

Mas eu não esperaria menos, pois Affleck se preparou durante alguns anos e recebeu conselhos do próprio Christian Bale.

E Nolan está na produção executiva do filme!

O Alfred de Jeremy Irons é bom, mas o de Sir Michael Cane ainda é o melhor.

Esse Batman é alusão clara à HQ "The Dark Night Returns". 

2) A trilha sonora é excelente. Hans Zimmer entrega um dos pontos altos do filme, sobretudo as composições das cenas de Lex Luthor, excêntricas como o personagem. E as do Batman também são ótimas.

3) A Mulher-Maravilha de Gal Gadot é outro ponto alto. Está muito boa também, além de poderosíssima.

Em suma: de um modo geral, as atuações são boas.

4) A melhor cena do filme é, sem dúvida, a surra que Batman aplica no Superman. 

Desmonta a arrogância de Kal-El e ainda o faz sangrar, como prometido.

A cena da união da trindade não faz feio, mas não surpreende. 

5) O ato final do filme também não surpreende, mas é divertido. Os fãs não ficarão desapontados.

O filme faz referência a, no mínimo, três HQs: O Cavaleiro das Trevas, Injustice e A Morte do Superman.

A ponta de Neil DiGrasse Tyson foi algo muito legal de se ver.

6) MENÇÃO HONROSA para o Aquaman de Jason Momoa. Jogaram Old Spice no personagem e as particulas de cabra-macho fizeram a diferença. Superei meu trauma de infância, o Aquaman dos Super-amigos.

Mas, como estamos falando de um filme bom e nada mais que isso, vamos comentar os problemas, que, ao meu ver, foram graves.

Antes de qualquer coisa: eu não sou "Marvelete" e não sou que nem os críticos absurdos que reclamaram porque o filme não tem alívios cômicos a cada 5 minutos ou tem "referências demais aos quadrinhos".

Achei essas críticas infundadas e fracas. A DC tem seu próprio estilo e isso precisa ser respeitado.

Vamos aos problemas:

1) Previsibilidade: Os trailers mostraram, realmente, o enredo quase que inteiro.

2) Preguiça e pressa. A DC é preguiçosa. Queria, a todo custo, alcançar o sucesso da Marvel nas telonas, mas sem desenvolver o mesmo trabalho ostensivo da rival.

O resultado é 3) um filme de roteiro atropelado, com muitos personagens e problemas similares aos de filmes como Spider-Man 3 (2007).

Afinal, a DC esperava, em um longa de 2h35min, fazer o que a Marvel fez em 4 ou 5 filmes, com direito a cenas de ligação entre cada um dos personagens, tanto durante os filmes quanto nas famosas cenas pós-créditos.

Não rolou. Para mim, não é um filme digno de introduzir a Liga da Justiça.

A DC tem que entender que, neste momento, precisa construir seu universo cinematográfico, não disputar com a Marvel.

Esta já fez seu dever de casa e está colhendo seus frutos, dominando o cinema de Super-heróis.

Temos três filmes num só. O do Batman (pura exposição no primeito ato), o do Superman (mais do mesmo, muito pela própria atuação sem graça de Henry Cavill) e o da Origem da Justiça (melhor ato do filme, além de divertido).

E uma fotografia que, por vezes, é confusa, ao tentar transitar entre os três filmes.

4) O Lex Luthor de Jesse Eisenberg é duas coisas em uma: O Mark Zuckerberg visto em "A Rede Social" (2010) e o Coringa que não era para aparecer neste filme.

É aquele cara que só quer ver o mundo pegar fogo. Mais Coringa, impossível.

Muito piadista e irreverente para ser Lex Luthor, mas deve amadurecer nos próximos filmes.

5) O filme tenta, a todo momento, alavancar as pontas para os próximos longas, o que chega até a prejudicar, por vários momentos, seu próprio desenvolvimento.

Só faltava um "To be continued" nos últimos quadros da fita.

Em suma: Um filme bom, com elementos ótimos, mas as falhas fazem com que seja só isso, mesmo: bom. Vale o ingresso e uma ou duas idas ao cinema.

Nota: 7.5

Beijo na bunda e até segunda.



sexta-feira, 25 de março de 2016

Sobre... Demolidor mesmo

É difícil escolher as palavras para escrever.

É difícil até começar a escrever.

Terminei de ver a primeira temporada de Demolidor há poucos minutos.

Algumas coisas, posso dizer que introjetei a partir de prévia experiência com Jessica Jones.

A sensação de estar vendo um filme de 13 horas, por exemplo.

Mas, dessa vez, aqui temos um grande roteiro.

Temos episódios que, claro, dependem uns dos outros para manter a coesão da série.

Mas cada roteiro de cada episódio tem seu papel importante na série. Não há sequer UM episódio inútil.

E ela tem vários focos.

Se, em "Jessica Jones", tínhamos como foco quase absoluto os dois protagonistas, num roteiro prolixo e cansativo...

... em "Demolidor", vemos vários personagens importantes contracenando, cada um com sua devida importância.

E praticamente cada fato narrado é de suma importância para a compreensão do enredo.

Para isso, o desenvolvimento dos personagens no roteiro é fantástico, e as atuações são memoráveis (destaques, obviamente, para Charlie Cox, Vincent D'Onofrio e Vondie Curtis-Hall).

O que é aquele Wilson Fisk?! Eu vi o Rei do Crime dos quadrinhos ESCULPIDO em Vincent D'Onofrio!

O ator interpreta Fisk de maneira magistral.

Ben Urich, personagem de Curtis-Hall, é envolvente e um grande mentor na série.

Suas frases são marcantes. Uma delas estará ao final deste post.

Indispensável também falar de Scott Glenn, como Stick. Um grande mentor para Matt Murdock.

Destaque ainda para a composição da trilha sonora, sobretudo da abertura.

A melodia segue o ritmo de uma frequência cardíaca. Matt Murdock sabe que uma pessoa está mentindo ao ouvir seu coração. Genial.

Isso para não falar das inúmeras e geniais composições de J.S. Bach, presentes ao longo da série.

A fotografia deu um clima sombrio à ambientação da série, algo essencial quando estamos falando de um personagem como o Demolidor e de um roteiro que favorece uma trama com ares de investigação e suspense policial como esta.

Como um amigo meu disse: o cuidado ao fazerem essa série foi exemplar.

O resultado foi magistral.

Tanto que conjecturei à exaustão sobre quaisquer erros da série e não consegui lembrar de nenhum.

Posso dizer: é uma das melhores coisas sobre super-heróis que eu já vi.

De hqs, filmes ou séries.

E bora pra segunda temporada!

Nota: 10

Beijo na bunda e até segunda.

Você colhe o que semeia.’

É um velho ditado.
Um que sobreviveu ao tempo, porque é verdade.
Na maior parte.
Mas não para todos.
Alguns colhem mais do que semeiam.
Porque acreditam não ser como os outros.

Que as regras, aquelas de gente como você e eu, gente que batalha para viver, não se aplicam a eles.

Que eles podem fazer o que quiserem e viver felizes para sempre, enquanto o resto de nós sofre.

Eles fazem isso nas sombras. Sombras que criamos.
Com nossa indiferença. Com nossa incrível falta de interesse em algo que não nos afete diretamente, aqui e agora.

Ou talvez seja a sombra do cansaço. De como estamos cansados de batalhar para voltar a uma classe média que não mais existe, por causa daqueles que pegam mais do que merecem.

E continuam pegando, até que só reste para nós uma lembrança de como as coisas eram antes das corporações e lucros decidirem que não importamos mais.

Mas importamos.

Você e eu. As pessoas desta cidade.

Nós ainda importamos.

(Ben Urich)

domingo, 20 de março de 2016

Sobre resultados que nunca mudam

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team W07
(Foto: XPB Images)
~Senta que lá vem o textão~

Eu vi GP da Austrália, ontem.

Vi as duas Ferrari passar as duas Mercedes na largada.

Vi uma corrida, aparentemente, cheia de alternativas a partir daí.

"Temos uma corrida de F1", gritei pelo Twitter.

E, por bons momentos, de fato, tivemos. 

As primeiras voltas foram excelentes, com as Mercedes sofrendo para recuperar o terreno perdido na largada.

Hamilton, atrás do volante da poderosa Mercedes, ficou uma eternidade tentando passar uma Toro Rosso.

Vai ter pesadelos com Sainz e Verstappen, o menino Lewis.

Mas aí deu safety car. Batida monstruosa entre Alonso e Gutierros.

O espanhol capotou uma porrada de vezes e ficou com o carro destruído. Saiu mancando.

Foi abraçado por Gutierrez. Renasceu, o menino Fernandinho.

No paddock, era só sorrisos. Não para menos.

E admitiu a culpa pelo acidente. Nada mais justo. 

De fato foi um crasso erro de cálculo na tentativa de ultrapassagem.

Mas em se tratando de Alonso, um sujeito que geralmente deixa a culpa para o adversário, é um notável gesto de humildade.

Voltemos à corrida. O acidente provocou bandeira vermelha. Decisão acertadíssima.

Demorou muito tempo para ajeitarem a pista. Mas, depois do que aconteceu com Jules Bianchi, é melhor pecar pelo excesso.

Depois, todos puderam trocar de pneus. A Ferrari, em um erro estratégico, decidiu manter os supermacios de Vettel. 

A Mercedes manteve os médios. Se deu melhor.

Com todos os carros juntos novamente e a possibilidade de colocar sapatos novos, não era mais questão de perguntar SE a Mercedes iria retomar a dianteira, mas sim QUANDO.

E assim foi. 

Em estratégia mais apropriada, a Mercedes, que já seria candidata natural à vitória nestas condições, não teve dificuldade alguma para voltar à ponta.

Ainda contaram com o problema de pit stop da Ferrari de Vettel na última parada e com o abandono de Raikkonen. Motor do carro do finlandês abriu o bico.

Com isso tudo e noves fora, a corrida se encaminhou para ter a Mercedes com dobradinha e Vettel na terceira posição. O básico.

O tedesco da Ferrari ainda tentou tomar a segunda posição de Hamilton, com pneus melhores no final, mas errou a freada numa das curvas a duas voltas do fim e perdeu a chance. 

Mas manteve o pódio.

E assim terminou. 

Ao menos, Rosberg deu um chega pra lá na irritante prepotência do companheiro.

Hamilton estava insuportável. 

Hoje, irreconhecível.

O inglês cagou na largada e fez uma corrida bem beréu. 

No mais, destaquemos as ótimas corridas da Toro Rosso (a despeito da fúria de Vestappinho) e da Renault do Palmer (surpreendeu-me um pouco o moleque mimado).

E, claro, a sexta colocação de Romain Grosjean com a estreante Haas.

Excelente trabalho do francês ao volante do VF16. 

Para quem ama as equipes garagistas, é uma grata surpresa. Foi lindo e emocionante de se ver.

No mais, a reflexão que eu proponho é:

Qual a graça de assistir uma corrida dessas se o final é sempre o mesmo?

Qual a graça de ver a Ferrari assumindo a ponta na largada se, no final, sabemos que a Mercedes vai retomar e vencer com dobradinha?

Sei lá, acho que essa corrida foi tipo a Fórmula 1 do treino de ontem.

A F1 que deixa seu pau duro mas te faz broxar.

E dá margem pra qualquer um que dormiu e perdeu a corrida, acordar e dizer "outra corrida chata em que só mudou a ordem dos carros mercêdicos".

Sabemos que não foi assim, mas não culpo a pessoa que falar isso.

"AIN PADUA NO TEMPO DA RED BULL ERA ASSIM E VC NÃO RECLAMAVA"

Nem a pau no tempo da Red Bull era assim. 

Vettel era muito mais suscetível a erros de estratégia, problemas de confiabilidade ou os outros simplesmente não eram tão mais lentos e, vira e mexe, ameaçavam com real perigo.

Nessa era da Mercedes, esse carro é insanamente mais rápido que os outros e não fica em desvantagem nem com pneus muito gastos!

Sebastian tinha pneus duas vezes menos gastos que o inglês da Mercedes nas últimas voltas. E não passou!

Que adianta tentar vencer a Mercedes se eles têm, com pneus médios, o desempenho que a Ferrari teria com macios, e assim sucessivamente?!

Sei lá. É triste ver isso.

"AIN ELES MERECEM PORQUE TRABALHARAM MELHOR QUE OS OUTROS"

De fato, merecem, não deixo de reconhecer isso. 

Mas e o show, fica como? Enfia no cu?

A Red Bull merecia também, e nem por isso a FIA deixou de dificultar ao máximo o trabalho deles.

Precisamos de corridas com alternativas de verdade. 

Nivelar a Mercedes pelo nível das rivais seria injusto para eles. 

Mas excelente para todo mundo, que é o que importa.

A FIA conseguiu fazer isso em dois dos quatro anos de supremacia técnica da Red Bull. 

Resultado: Dois dos melhores campeonatos que a F1 já viu (2010 e 2012).

Quero mais corridas como o GP de Cingapura de 2015, em que a Mercedes corre riscos reais.

Apenas isso.

No mais, escrevi demais.

Mais do que eu gostaria para um texto sobre corridas.

Beijo na bunda e até segunda.

Alonso renasceu depois dessa (Foto: XPB Images)

sábado, 19 de março de 2016

Sobre uma política que segrega

Preocupa-me essa animosidade política.

As consequências a nível político? Isso todo mundo já discute a rodo, então é ponto batido.

Acho mais preocupante a perda no aspecto humano da coisa.

Eu me esforço muito pra não me perder em meio às defesas dos meus pontos de vista ou na propagação das ideologias que eu defendo. Quem me conhece, sabe disso.

Porque eu não quero me perder de quem eu sou.

Mas tem uns e outros que se tornam uns tremendos babacas quando estão falando de política.

OK, num cenário político propício para ânimos acalorados como estão os nossos, é natural que, vira e mexe, ocorram hostilidades. São várias ideias diferentes sendo defendidas e, portanto, em constante conflito.

Mas é preocupante que as pessoas levem isso de forma exaustiva para o lado pessoal.

Não estou me referindo a ninguém em específico, mas acho que. de um modo geral, as pessoas não estão se esforçando nenhum pouco para não serem agressivas ou até intransigentes.

Poxa, gente. 

E os laços de amizade ou até amorosos que temos com aqueles que gostamos e amamos?

Vale a pena jogar essas coisas tão valiosas no lixo porque "ele é coxinha" ou "ele é petralha"?

Vale abdicar de quem nós somos? 

Das palavras que nós dissemos? Paz, felicidade e amor?

Sabe, não defendo que as hostilidades naturais na política cessem, não.

Defendo que a gente seja mais razoável.

Eu mesmo continuo buscando me policiar. 

A esquerda, a direita, o feminismo, o negrismo*, o gordoísmo*, ou o que quer que seja, não podem roubar de vocês aquilo que vocês são e tampouco a afeição pelos seus amigos.

Porque, se é verdade que essas coisas podem nos separar, também existem coisas que podem nos unir.

E não são poucas.

Se tiverem esquecido dessas coisas, busquem refletir a fim de lembrar. 

E voltemos a cultivar, de maneira producente, os laços com nossos amigos pelas coisas que nos unem.

Beijo na bunda e até segunda.

* NOMES MERAMENTE ILUSTRATIVOS PELO AMOR DE DEUS

Sobre fiascos

Hamilton nem fez média; comeu logo o rabo do resto sem pudor algum

Vamos lá.

Começou a Temporada 2016 da Fórmula 1.

E, com ela, o feliz ano velho de Marcelo Rubens Paiva.

Porque nada mudou.

Mercedes continua comendo a bunda da concorrência.

A Ferrari na vibe "ou vai, ou racha" - mas não vai.

Williams e Red Bull se matando.

McLaren chorando as pitangas da distante Pasárgada.

Renault voltou pra tomar porrada.

Mas venho por aqui é pra comentar esse novo sistema de classificações, mesmo.

Mas a pergunta para a FIA após esse treino classificatório do GP da Austrália é a seguinte:

"Se é pra fazer broxar, pra que deixar a gente de pau duro?"

Porque Hamilton fez a pole mais chocha de sua carreira, neste que é um forte candidato a pior treino classificatório da história.

É uma ideia que se provou relativamente boa, no começo. Proporciona um bom espetáculo. As equipes são obrigadas realmente a colocarem os carros para correr.

E, no começo, essa aparente imprevisibilidade pode acabar minando pilotos de equipes grandes - como aconteceu com Kvyat no Q1 e Bottas no Q2.

Os pilotos lidam com a pressão e os mais experientes se sobressaem. Ainda mais com a proibição do rádio.

Mas o Q3 foi uma decepção completa.

Com 3 minutos faltando para o final do treino, já tinha piloto se pesando.

Nem tinha acabado o treino direito e Vettel já estava de jaquetinha e calça jeans. Nem mesmo a foto do top-3foi feita.

Os pilotos mais atrás na classificação nem tentavam melhorar. Um anticlímax total.

Patético. Um fiasco gigantesco.

Tomara que eles mantenham o Q3 como era antes. Ou criem uma punição para quem não for à pista, sei lá.

No mais, tem outra reflexão que seria interessante fazer.

Vocês não acham esse modelo de classificação a forma mais idêntica ao jogo de forças políticas da Fórmula 1 atual?

Senão vejamos: Q1 e Q2 viraram dois momentos em que é promovida a total autofagia entre as equipes médias e pequenas.

Assim que todas as equipes se acostumarem com o sistema, as grandes equipes se beneficiarão muito mais.

Isso é algo que ocorre muito na F1 atual, não acham? As equipes grandes se distanciando cada vez mais das médias e pequenas, enquanto essas se engolem umas às outras, como macacos numa jaula tentando alcançar o distante cacho de banana.

Enquanto que o Q3 privilegia a supremacia e a força das melhores equipes, em detrimento das não tão grandes em termos de desempenho.

Em dado momento do Q3, você só terá pilotos da Mercedes e da Ferrari! Em dado momento, você tem uma possível briga entre, apenas, Hamilton e Rosberg!

No mais, do ponto de vista do espetáculo, Q1 e Q2 estão ótimos. Mas o Q3 não pode ser desse jeito.

De surpreendente no treino, apenas Haryanto superando Wehrlein.

Só isso mesmo.

Beijo na bunda e até segunda.