Engraçado, o título.
O Alfred de Jeremy Irons é bom, mas o de Sir Michael Cane ainda é o melhor.
Em suma: de um modo geral, as atuações são boas.
O filme faz referência a, no mínimo, três HQs: O Cavaleiro das Trevas, Injustice e A Morte do Superman.
6) MENÇÃO HONROSA para o Aquaman de Jason Momoa. Jogaram Old Spice no personagem e as particulas de cabra-macho fizeram a diferença. Superei meu trauma de infância, o Aquaman dos Super-amigos.
Antes de qualquer coisa: eu não sou "Marvelete" e não sou que nem os críticos absurdos que reclamaram porque o filme não tem alívios cômicos a cada 5 minutos ou tem "referências demais aos quadrinhos".
Achei essas críticas infundadas e fracas. A DC tem seu próprio estilo e isso precisa ser respeitado.
Vamos aos problemas:
2) Preguiça e pressa. A DC é preguiçosa. Queria, a todo custo, alcançar o sucesso da Marvel nas telonas, mas sem desenvolver o mesmo trabalho ostensivo da rival.
O resultado é 3) um filme de roteiro atropelado, com muitos personagens e problemas similares aos de filmes como Spider-Man 3 (2007).
Afinal, a DC esperava, em um longa de 2h35min, fazer o que a Marvel fez em 4 ou 5 filmes, com direito a cenas de ligação entre cada um dos personagens, tanto durante os filmes quanto nas famosas cenas pós-créditos.
Não rolou. Para mim, não é um filme digno de introduzir a Liga da Justiça.
A DC tem que entender que, neste momento, precisa construir seu universo cinematográfico, não disputar com a Marvel.
Esta já fez seu dever de casa e está colhendo seus frutos, dominando o cinema de Super-heróis.
Temos três filmes num só. O do Batman (pura exposição no primeito ato), o do Superman (mais do mesmo, muito pela própria atuação sem graça de Henry Cavill) e o da Origem da Justiça (melhor ato do filme, além de divertido).
E uma fotografia que, por vezes, é confusa, ao tentar transitar entre os três filmes.
4) O Lex Luthor de Jesse Eisenberg é duas coisas em uma: O Mark Zuckerberg visto em "A Rede Social" (2010) e o Coringa que não era para aparecer neste filme.
É aquele cara que só quer ver o mundo pegar fogo. Mais Coringa, impossível.
Muito piadista e irreverente para ser Lex Luthor, mas deve amadurecer nos próximos filmes.
5) O filme tenta, a todo momento, alavancar as pontas para os próximos longas, o que chega até a prejudicar, por vários momentos, seu próprio desenvolvimento.
Só faltava um "To be continued" nos últimos quadros da fita.
Em suma: Um filme bom, com elementos ótimos, mas as falhas fazem com que seja só isso, mesmo: bom. Vale o ingresso e uma ou duas idas ao cinema.
Nota: 7.5
Beijo na bunda e até segunda.