A Fórmula 1 teve seu melhor final de semana em muitos anos.
Nem parecia a Fórmula 1 2015.
Mais parecia a época em que a Ferrari dominava a Fórmula 1, os tempos de Michael Schumacher.
A surpresa já começava, em termos, nos treinos de sexta. A Mercedes só liderou o primeiro treino.
Depois, só deu Red Bull e Ferrari.
Tudo bem, até aí. "A Mercedes está escondendo o jogo", pensamos todos em uníssono.
Sim, estava escondendo. Escondeu tão bem que não achou mais.
Na classificação, as forças se polarizaram entre Ferrari e Red Bull. A Mercedes ocupou o pelotão intermediário do top-10.
Na briga pela pole, Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, velhos conhecidos dos tempos de Red Bull, se digladiaram. O tetracampeão levou a melhor sobre o jovem australiano, por mais de meio segundo. Foi a primeira pole de uma Ferrari desde o GP da Alemanha 2012, com Fernando Alonso.
Sua penúltima volta lhe garantia a pole por mais de um décimo. O alemão, perfeccionista, baixou mais quatro e depois saiu reclamando que não havia feito o melhor que podia.
Quebrou o recorde da pole. Tinha talvez esquecido a essência da quebra de um recorde.
Na corrida, foi perfeito. Largou bem, andou como precisou nas horas certas e não deu chances a Ricciardo, que eventualmente apresentou ritmo superior. Nem as entradas de Safety Car foram um empecilho.
E venceu sua terceira no ano, a 42ª na carreira. Superou Ayrton Senna e se tornou o terceiro maior vencedor da categoria. Uma marca histórica, é verdade. Mas sem dramas. Sem chororôs. Apenas mais uma vitória colecionada.
Uma vitória maiúscula.
Daniel Ricciardo foi o segundo, depois de uma corrida em que foi perfeito, mas seu rival também. Kimi Raikkonen, hoje sem problemas, finalmente conseguiu chegar ao pódio junto a Vettel e coroar o final de semana perfeito da Ferrari.
As Mercedes não ganharam nada, mesmo. Nico Rosberg foi o quarto depois de muito garimpar. Lewis Hamilton abandonou com problemas de potência na sua unidade motriz. Que dia...
Com isso, Vettel vai a 203 pontos. Rosberg, o vice, apenas 8 pontos à frente. Hamilton, que abandonou, tem 252. Ainda é franco favorito ao tricampeonato.
Menção honrosa para Max Verstappen, que cada vez mais ganha meu respeito. O jovem holandês ficou parado na largada e chegou a tomar volta dos adversários. Mas com uma mãozinha das entradas do safety car, conseguiu escalar o pelotão e chegar a uma merecida oitava colocação.
No final, a equipe lhe pediu para deixar Sainz passar e tentar passar Pérez. Ao que o pivete respondeu "No!" veementemente. Não consigo expressar direito a admiração por esse momento.
Rápido e louco. É disso que o povo gosta, Verstappinho. Hoje NÃO!
E na boa? A Fórmula 1 estava precisando de um final de semana como este. Por mais que a corrida tenha sido chata, foi maravilhoso ver a Mercedes no nível dos mortais, tomando tempo.
E vamos para Suzuka, onde tudo deverá voltar ao normal, com a Mercedes franca favorita a tudo.
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