Fui ao cinema umas seis ou sete vezes neste ano.
Vi alguns filmes excelentes, deixei de ver filmes excelentes e alguns blockbusters que prometiam muito.
Mas, obviamente, não poderia deixar de ver Star Wars Episódio VII - O Despertar da Força.
Vi uma, duas, três vezes. Sem pagar.
Amei cada vez, especialmente a da sala IMAX. O 3D do filme é bom e o áudio da sala dispensa apresentações.
Dizer o que?
Amei o filme.
Excelente.
Bom roteiro, na medida certa.
J.J. Abrams foi muito responsável com tudo. A história, o legado, os fãs antigos...
Respeitou os fãs antigos. Angariou novos.
A cada cena, uma homenagem, uma reverência ao legado de Star Wars.
A sensação é similar à de ver "Uma Nova Esperança".
Mas quem diz que o filme não passa de um remake, está redondamente enganado.
O filme introduziu os novos elementos da saga de maneira bastante eficaz e concreta, ao mesmo tempo em que reverenciou os personagens e características que tanto amamos.
Ao mesmo tempo, preservou ainda a sensação de estar vendo um filme de Star Wars.
Porque sim, quando saí do cinema, a sensação era de serenidade, ao mesmo tempo em que me senti imensamente satisfeito por ter assistido a um grande filme da franquia.
Divertido, envolvente, carismático, emocionante.
Um grande filme.
Não porque tem um roteiro extraordinário. O roteiro é bom, mas não é grandioso.
Eu poderia dizer que é um produto de qualidade, mas despretensioso, até certo ponto.
Mas é genial, pois conseguiu achar um ponto em comum entre a grande maioria do público novo e a grande maioria do público veterano.
E agradou a todos (salvo os chatos de plantão).
Mesmo quem nunca viu nada de Star Wars antes do episódio VII, tem fortes chances de sair satisfeito da sala de cinema.
O que nos deixa com uma certeza absoluta: Star Wars voltou. E para ficar, por muito tempo. Uns 10, 20, 30 anos.
A marca voltou a ser uma máquina de fazer dinheiro. Bom para a Disney, que fez DOIS negócios da China: Comprou a Marvel e, depois, Star Wars.
O que é bom, mas também tem seus problemas e bizarrices.
A marca é explorada à exaustão.
Vender brinquedos e outras coisas similares, OK.
Mas comida?
Tá, uma sanduicheira com o desenho da Estrela da Morte até que vai.
Mas... Laranjas? Papel higiênico? Vibrador?
Menos, Disney. Muito menos. Vamos manter a coerência.
Enfim... Talvez seja apenas efeito colateral do sucesso da franquia. A marca vendeu a rodo nos últimos anos, no hype pelo filme.
E vamos ter Star Wars no cinema até 2020. Um filme por ano.
Espero que todos sejam excelentes, o que é um tanto improvável, mas aguardemos.
Estou otimista.
Um grande futuro nos aguarda, não tão distante e nesta mesma galáxia...