“RUSH – No Limite da Emoção”: uma rivalidade clássica, agora nas telonas!
A espera valeu a pena: “RUSH” é um filme muito bom. E aí, como vamos analisa-lo? Eu brinco de quem entende de automobilismo, e não de cinema. Mas vamos lá, tentar fazer algo sem dar spoilers.
Por ser baseado em uma história real, lógico que o roteiro não é totalmente fiel à realidade, porém devo admitir que as adaptações foram bem feitas e formaram uma sucessão de fatos empolgantes, que prende o amante do automobilismo do início ao fim, desde que ele esteja interessado mais exatamente nisto: na história. Menos nas corridas, e eu já explico o porquê.
Para alguns, há uma certa ausência das cenas de corridas. Até porque deve haver uma certa pressão em ficar fazendo extravagâncias demais com esses carros históricos. Não são cenas fáceis de serem produzidasm sem falar na dificuldade para guiar essas máquinas brutais. Mas estes não muito frequentes momentos espetaculares da trama, foram na sua maioria, muito bem feitos. Ron Howard (o diretor) está de parabéns.
Por falar nas pessoas que trabalharam nesta produção, o que tenho a dizer sobre Chris Hemsworth e Daniel Brühl? Bom, não é querendo desmerecer o trabalho do deus nórdico do trovão (é Chris quem faz “Thor”), mas esse papel de superstar que leva a vida ao estilo sexo, drogas e rock n’ roll, já é meio clichê. Isso destaca a atuação de Daniel, que ficou muito parecido com o jovem Niki Lauda, tanto fisicamente, como no sotaque, modo de falar e agir. Um piloto de personalidade rara, que é extremamente dedicado às corridas e ao desenvolvimento de seus bólidos (aliás, o rapaz era um gênio nos acertos) e rígido com si mesmo. Mas Chris também fez um bom tarabalho, afinal, não é fácil fingir ser alguém tão... intenso. Essa oposição extrema de condutas foram muito bem demonstradas em “RUSH”.
Sobre o acidente quase fatal de Lauda, creio que não hã problema se eu falar, afinal é um marco na vida do austríaco tricampeão, além de aparecer em todos os trailers. Digo que é de arrepiar. Fiquei respirando bem devagar ao vê-lo em chamas, de tanta aflição. E não me lembro como o resgate foi feito na vida real, mas pelo menos no filme quem puxou o piloto para fora da Ferrari, foi nosso querido Emerson Fittipaldi. Sei que o brasileiro estacionou o “brazuca” Copersucar próximo ao bólido de Maranello, ao vê-lo pegar fogo.
Além deste momento, “RUSH” contém outros ápices de emoção, mas como já disse que não vou dar spoilers - pois isso é chato mesmo para quem conhece essa história -, me limito a falar mais coisas. O filme também garante algumas risadas.
Você que ama o automobilismo: assista “RUSH”! Você que nunca foi de acompanhar este esporte: assista também! O foco é na história, e esta é incrível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário